Aerosmith no Brasil: Inesquecível e (QUASE) perfeito

Tarde de quinta-feira em São Paulo, muitas pessoas já se dirigiam ao estádio do Morumbi para assistir as apresentações de Velvet Revolver e Aerosmith na capital paulista.

O ingresso marcava o início do espetáculo para as 21h, mas não se sabia se o Aerosmith ou o Velvet que começariam a tocar neste horário, já que a organizadora do show, a CIE Brasil não deu informaçoes concretas a esse respeito. Álias a falta de divulgação foi um ponto negativo desse evento q deveria ser grandioso e acabou quase que no esquecimento, pelo menos em relação a mídia.

Antes da entrada do Aerosmith surgem nos telões um mix de imagens marcantes de toda carreira da banda, oque já emociona muitos fãs e faz com que a expectativa aumente ainda mais... então surge o Steve Tyler e seus companheiros no palco com a clássica introdução de LOVE IN A ELEVATOR, com a bandeira do Brasil no telão, colocando todo mundo para cantar .A banda vem em seguida com TOYS IN THE ATTIC , DUDE (LOOKS LIKE A LADY), FALLING IN LOVE IS SO HARD ON THE KNEES e a “acende isqueiro” CRYIN´ (nesta o clip da música era exibido no maravilhoso telão do fundo, pena que no decorrer do show uma das telas queimou.), para não perder o clima, emendada com a ótima WHAT IT TAKES.Na seqüência veio JADED , que dividiu opiniões - uns amaram - outros detestaram (podia ter deixado fora? Acho que sim.).

Em seguida a banda ainda mostrou sua veia blueseira em "Baby, Please Don't Go", com Steven Tyler tocando gaita e em "Stop Messin Around", com os vocais do guitarrista Joe Perry. As duas músicas fazem parte do disco de covers "Honkin' on Bobo", de 2004. Estas foram seguidas de um trecho de HANGMAN JURY do álbum “Permanent Vacation” e de SEASONS OF WITHER do Get Your Wings, que realmente surpreenderam os fãs.Depois veio, aí sim, “A” balada: DREAM ON, talvez uma das maiores da história do rock. Mas o público não foi tão receptivo com a canção quanto com as baladas da fase FM da banda.

Infelizmente a maioria dos presentes prefeririam uma “Crazy”, “Fly Away”, “Amazing” ou “Hole In My Soul”, que ficaram de fora e, com certeza, seriam cantadas em uníssono.Continuando com JEANIE´S GOT A GUN e LIVING ON THE EDGE vem em seguida, com a mela-cueca I DON´T WANT MISS A THING . Música que ajudou a confirmar que a maioria do público estava esperando sim sucessos de FM e MTV, tamanha a comoção causada logo nos primeiros acordes.Joey Kramer entra com uma levada na bateria, sim é a introdução de RAG DOLL, uma pena que muitos nem sabiam...então vem Mister Tyler e chama Tom Hamilton, totalmnete recuperado e arrasando com seu baixo poderoso na não menos poderosa SWEET EMOTION, sinplismente o máximo.

A banda encerra o show com DRAW THE LINE, com uma citação no começo de MOTHER POPCORN, e é nesse momento que Perry foi responsável por um dos momentos "rock star" da noite, Ele colocou a guitarra no chão, tirou o blaser vermelho que estava usando e tocou "batendo" as cordas do instrumento com a peça de roupa.

O público enlouqueceu, principalmente o feminino, não é pra menos. No fim desta, Joe "Fuckin´" Perry se atirou em cima da bateria, numa atitude totalmente rock and roll.A banda voltou para o bis: para encerrar a grande noite não podia faltar mais um clássico da banda, “Walk this Way”, com direito a uma introdução funkeada de “Hot Pants” de James Brown e os trejeitos de Tyler, a sua dança, rebolando, microfone enfeitado e corridas até o final da passarela que saía do palco e chegava até a pista para fechar a noite .Hamilton, Kramer e Whitford mostraram que são realmente maravilhosos e que seguram muito bem a onda para fazerem Tyler (um dos maiores frontmans da história do rock) e Perry brilharem.

Uma pena que uma grande porcentagem de fãs presentes simplesmente se atém aos hits de FM da banda, ignorando até os hards mais recentes. Conversando e atentando pra comentários de quem foi ao show, uns poucos lamentavam a falta de Last Child, Back In The Saddle e Mama Kin (nesse leque se encontra essa mortal que vos escreve) e a maioria reclamou: “Não tocou Crazy, Hole my Soul, Amazing..."

Não dá pra agradar Gregos e Troianos!, uns acham que eles tocaram Hits demais e Clássicos de menos e escutei até quem pense o contrário. Sabe de uma cosia, fiquemos satisfeitos somos privilegiados por estar lá no Morumbi naquela noite.Perfeita? – pode não ter sido para alguns, inesquecível – sem dúvida!